A cidade de Manaus enfrenta um grande problema com o trânsito urbano. Sair de carro é um exercício de paciência, e não precisa nem ser a hora do rush. Quer sair da UFAM pela Rodrigo Otávio e chegar rapidamente a Bola do Coroado ? Boa Sorte! Pegar a Djalma Batista no começo da noite para ir ao cinema no Amazonas shopping? Saia duas horas antes do filme começar para não perder a sessão! Vai sair de um dia estressante de trabalho no fim da tarde e tem que passar pela Avenida André Araújo para chegar em casa? Tome um calmante antes de entrar no carro.

É preciso muito sangue frio para enfrentar os outros veículos e disputar espaço com eles pelas ruas de nossa cidade. São motoristas estressados; motoqueiros que cruzam com velocidade e perigo a linha de carros que se forma; caminhões de carga, que por sinal, não deveriam trafegar no perímetro urbano; os vendedores ambulantes oferecendo os produtos mais absurdos para quem está parado a horas dentro de um carro sufocado pelo calor; e o personagem mais temido de um congestionamento, o motorista de ônibus, que sempre se impõe através da força para cima dos outros carros que querem passar.

Nossa cidade nunca teve nenhum plano que desenvolvesse ruas mais largas, passagens de nível, vias coletoras, vias distribuidoras, vias expressas, ou qualquer tipo de organização do trânsito. Desde os primórdios da terra de Ajuricaba todas as obras envolvendo estrutura urbana sempre foram imediatistas e tentam consertar um problema que já se tornou uma bola de neve.

As tão faladas obras de viadutos anunciadas pelas administrações não serão a solução dos congestionamentos diários, para isso deveriam incluir um novo programa para a circulação de ônibus novos, eficientes e que suprissem todas as zonas da cidade com conforto e rapidez, logo, o cidadão comum poderia deixar seu veículo em casa, pegar um ônibus e ir para o trabalho, mas isto é muito longe da realidade.