Amazonas Film Festival


Por Katiúscia Monteiro

Um dos eventos mais esperados, badalados e queridinhos do calendário manauense, o Amazonas Film Festival, que todos os anos recebe “ícones ilustríssimos” do cenário cinematográfico nacional e mundial, nesta edição, contará com a participação de personalidades indispensáveis como Rita Cadillac e Elke Maravilha. Sim, acredite! Elas virão! Com direito a tapete vermelho e a chuva de flashs, destilarão todo o seu “charme” e “talento” no nosso suntuoso Teatro Amazonas.

Tudo bem que o nosso estado ainda está engatinhando no que diz respeito à sétima arte em contraponto às demais capitais brasileiras no que concerne à produção cinematográfica, principalmente no eixo Sul-Sudeste. Mas, convenhamos, também não precisa avacalhar! Qual a contribuição dessas pessoas para o cinema brasileiro? Talvez, a minha “leiguice” não me propicie sensibilidade suficiente para responder a essa pergunta, sendo assim, deixo para os cinéfilos de plantão.

Infelizmente, o povo amazonense (inclusive eu, antes de escrever essa matéria) desconhece a importância de um dos pioneiros do cinema nacional, o honroso Silvino Santos. Uma pequena amostra desse desconhecimento, inclusive da imprensa amazonense, foi a “ratada” do Portal Amazônia, no dia 9 de novembro, cujo título da matéria era “Silvino Santos ministra palestra no Centro Cultural Palácio da Justiça”. Parece que os meus caros colegas jornalistas conseguiram essa proeza. Agora eu pergunto: como? Por meio de psicografia? Ou viodeoconferência com o além? Até aonde o meu vago conhecimento cinematográfico me permite, sei que Silvino morreu na década de 70.

Sem dúvida, o Amazonas Film Festival ganharia em termos qualitativos, se o seu desdobramento estivesse relacionado a uma Escola de Cinema. Esta iniciativa transformaria o glamour que o caracteriza no incentivo à produção local e à veiculação desse material produzido. Mas, enquanto isso não acontece, como toda fã leiga e entusiasmada com as “presenças globais”, contento-me em apreciá-las e a torcer para que iniciativas como a da realização do Festival sejam uma constante e que façam parte, de fato, do nosso cotidiano.

Revisão: Carolina Martiny

0 Responses