Subhashini Kumari

Cidadania, uns exercem, outros não, a maioria nem sequer sabe do que se trata. Neste período de eleição, cidadania é a palavra-chave. Ouve-se por todos os lados, arestas, vértices e ângulos.

É comum escutar reclamações quanto à falta de qualidade na educação, na saúde pública, no sistema de transporte coletivo, entre outros problemas. A falta de informação e a dificuldade em alcançar esta atmosfera desmotivam a população e faz do Brasil o que ele é hoje. Uma nação de cidadãos insatisfeitos e socialmente desiguais.

Grande parte dos eleitores nem ao menos sabem, talvez porque ambos não funcionem como deveriam, que existe o disque eleitor, um canal aberto e gratuito de comunicação com a Justiça Eleitoral do Estado; como também o Jogo do Eleitor no site do TSE, o qual se destina à formação cidadã e democrática das crianças e adolescentes.

Os agentes da cidadania têm, na verdade, simultaneamente, medo e vontade de mudar e atuar em prol da humanidade. Porém, a realidade não condiz com a teoria ou com o que geralmente é divulgado. Para quem não sabe, ou ainda tem dúvidas, conforme o código civil, se 50% dos votos forem nulos, a eleição não é cancelada como alguns acreditam, isto só acontece quando os votos são anulados pela Justiça Eleitoral no caso de fraude. Lembrando, também, que não é prevista em lei, a renovação de candidatos na data remarcada para a eleição.

Descrente, a cada dois anos a população brasileira vota no candidato que acredita ser o mais confiável ou o menos mentiroso em suas propostas, ou simplesmente vende seu voto em troca de umas moedas e centenas de promessas não convincentes. Muitas vezes, sua escolha é feita através da manipulação comandada pela mídia.

É mais ou menos assim que a massa brasileira caminha, em busca da prática da cidadania e desiludidos pelas barreiras impostas por um poder maior e dominante. Esse é o nosso Brasil. Porém se houvesse um pouco de força de vontade e mais informação para a população, poderíamos fazer algo para mudá-lo.