Por Renata Fitarony
Um dia desses, em uma das minhas usuais andanças pela internet, me deparo com um post de um blog na qual citava uma pesquisa, feita pela revista The Economist, sobre como é a auto-imagem de vários cidadãos de 21 países. Nesta pesquisa estava sendo avaliada a confiança e a admiração do cidadão pelo o próprio país e, vale ressaltar, essa pesquisa foi feita antes do enorme sucesso do Brasil/Rio em Copenhague, na Dinamarca, no dia 9 deste mês.
Entretanto, o nosso querido e sorridente país, por incrível que pareça, não está bem com a sua própria imagem. Ficamos em anti-penúltimo, mas, com o anúncio de sexta feira, Lula foi rápido no gatilho e disse: “Enfim podemos nos livrar do complexo de inferioridade”.
Foi aí que meu tico se juntou com o teco e a luz da lâmpada, depois de uma queda por causa das chuvas, finalmente acendeu! Primeiro me veio uma afirmação na qual eu acho que é super válido: o complexo está na cabeça de quem a tem. Acho inferior estar sempre se lembrando que não é inferior. É aquele típico aluno da classe que sempre tem que citar seu 10 que tirou em uma prova "arregaça-toba" somente para tentar se sentir “superior” diante dos outros. Creio que essa nota ou, adaptando para a situação do Brasil, ser sede de vários eventos esportivos, não passa da mais simples necessidade de autoafirmação.
Fora isso, ainda tem um outro ponto que me veio à cabeça: brasileiro só tem orgulho de ser brasileiro em eventos esportivos? Penso assim porque é só em época de competição internacional que eu vejo alguém lembrar da nossa tão geométrica e multicolorida bandeira. Ah, digo eventos esportivos a COPA e as olimpíadas, o FUTEBOL e os outros esportes, todos juntos, tentando algum lugar à vista dos patrocinadores.
Não sei se essa falta de orgulho que o brasileiro tem para com a sua própria nação é o fato que, desde a época da colonização, o Brasil foi sendo formado por um povo que foi surrupiado de suas próprias terras, por um povo que veio forçado para sustentar a escravidão, por um povo que não tinha mais escolha a não ser fugir do seu país para tentar sobreviver de uma perseguição, por propagandas enganosas, enfim, por várias razões não muito nobres, menos pelos simples fato de querer fazer parte de um novo começo, para construir algo bom.
Não sou antropóloga ou socióloga, não passo de uma simples estudante mediana de Relações Públicas do sexto período, mas ainda creio que um dos resquícios que temos por termos sido nada mais que uma colônia de exploração (ou será que ainda somos?) é a nossa falta de orgulho próprio. Me desculpa a comparação, acho que nosso orgulho é do mesmo nível do orgulho de um amante que se deixa ser usado pois acha que não consegue nada melhor. Porque ser aceito, mesmo que seja por interesses, é bem melhor do que a possibilidade de “ser esquecido”, né? Só não se esqueça que, se acomodar a sempre fazer o papel de amante é sempre estar em segundo plano. Dignidade, já!
Entretanto, o nosso querido e sorridente país, por incrível que pareça, não está bem com a sua própria imagem. Ficamos em anti-penúltimo, mas, com o anúncio de sexta feira, Lula foi rápido no gatilho e disse: “Enfim podemos nos livrar do complexo de inferioridade”.
Foi aí que meu tico se juntou com o teco e a luz da lâmpada, depois de uma queda por causa das chuvas, finalmente acendeu! Primeiro me veio uma afirmação na qual eu acho que é super válido: o complexo está na cabeça de quem a tem. Acho inferior estar sempre se lembrando que não é inferior. É aquele típico aluno da classe que sempre tem que citar seu 10 que tirou em uma prova "arregaça-toba" somente para tentar se sentir “superior” diante dos outros. Creio que essa nota ou, adaptando para a situação do Brasil, ser sede de vários eventos esportivos, não passa da mais simples necessidade de autoafirmação.
Fora isso, ainda tem um outro ponto que me veio à cabeça: brasileiro só tem orgulho de ser brasileiro em eventos esportivos? Penso assim porque é só em época de competição internacional que eu vejo alguém lembrar da nossa tão geométrica e multicolorida bandeira. Ah, digo eventos esportivos a COPA e as olimpíadas, o FUTEBOL e os outros esportes, todos juntos, tentando algum lugar à vista dos patrocinadores.
Não sei se essa falta de orgulho que o brasileiro tem para com a sua própria nação é o fato que, desde a época da colonização, o Brasil foi sendo formado por um povo que foi surrupiado de suas próprias terras, por um povo que veio forçado para sustentar a escravidão, por um povo que não tinha mais escolha a não ser fugir do seu país para tentar sobreviver de uma perseguição, por propagandas enganosas, enfim, por várias razões não muito nobres, menos pelos simples fato de querer fazer parte de um novo começo, para construir algo bom.
Não sou antropóloga ou socióloga, não passo de uma simples estudante mediana de Relações Públicas do sexto período, mas ainda creio que um dos resquícios que temos por termos sido nada mais que uma colônia de exploração (ou será que ainda somos?) é a nossa falta de orgulho próprio. Me desculpa a comparação, acho que nosso orgulho é do mesmo nível do orgulho de um amante que se deixa ser usado pois acha que não consegue nada melhor. Porque ser aceito, mesmo que seja por interesses, é bem melhor do que a possibilidade de “ser esquecido”, né? Só não se esqueça que, se acomodar a sempre fazer o papel de amante é sempre estar em segundo plano. Dignidade, já!
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