Pulseiras do sexo


Por Carolina Martiny




Hoje, dia 13 de abril comemora-se o dia do jovem (e o dia do beijo, só por curiosidade) e resolvemos em sala de aula que hoje seria uma excelente oportunidade para discutirmos um assunto que está com tudo na mídia: as tais pulseiras do sexo.

Confesso que demorei bastante tempo pra saber o que eram as tais pulseiras e sei que tem pessoas que até hoje não sabem, o que acontece com os pais de muitos adolescentes. Pra não restar dúvidas vamos aos fatos: essa “brincadeira” com as pulseiras surgiu no Reino Unido há cerca de dez anos e há sete a utilização das pulseiras foi proibida nos Estados Unidos. A “brincadeira” começa com a menina que utiliza várias pulseiras de diferentes cores e os meninos ficam encarregados de arrebentá-las. Quando o garoto consegue cumprir com a sua parte, ele ganha uma “prenda” que depende da cor da pulseira arrebentada.

As pulseiras já ganharam significados distintos dentro de cada grupo de amigos, mas ainda existe uma codificação base para elas: amarela – um abraço; rosa – mostrar o peito; laranja – “mordida de amor”; roxa – beijo de língua; vermelha: dança erótica; verde – sexo oral a ser praticado pelo menino; branca – cabe a ela decidir o que quer; azul – a menina pratica o sexo oral; preta – ato sexual; dourada – todas as opções citadas anteriormente.

É, a brincadeira não é o mais natural possível, mas até aí não passa de uma brincadeira. Os adolescentes, que estão se descobrindo sexualmente procuram maneiras de reinventar aquelas brincadeiras que seus pais já fizeram um dia (jogue uma pedra quem nunca brincou de “verdade ou conseqüência”, mesmo ficando só na verdade). O problema da atualidade é que todos estão crescendo rápido demais, se levando a sério demais e o que era pra ser só brincadeira tornou-se num escândalo de violência seguido de outro escândalo ainda pior. Só em Manaus foram registrados mais de 15 casos de violência ligados as pulseiras.

As pulseiras do sexo ditam um estilo de vida, onde as meninas que utilizam suas pulseiras têm um código moral a cumprir, e se elas não o fizerem, serão obrigadas a fazer. Armou-se o circo e o Estado é obrigado a intervir quando o que realmente se faz necessário é o acompanhamento dos pais e dos responsáveis por essas crianças e adolescentes. Educação resolve a maioria dos problemas da sociedade, incrível não?

Revisão: Larisse Neves

2 Responses
  1. Samantha Says:

    Muito bom Carol!
    Simples porém informativo.
    Agora uma dúvida: Por que logo o rapaz (que fiscamente e logicamente) tem mais força que a menina fica encarregado de arrancar a pulseira na cultura inglesa?
    Depois ficam querendo arranjar desculpas...