Por Kety Medeiros

A adaptação livre do diretor Tim Burton para o clássico Alice no País das Maravilhas chega às salas de cinema do Brasil depois de faturar R$ 41 milhões na semana de estreia (no mês passado) nos Estados Unidos e Europa. Produzido pela Disney, com um orçamento de R$ 420 milhões, Alice traz versão 3D para uma das narrativas mais fantásticas da literatura infantil.
O filme é baseado no livro escrito em 1864 de Charles Lutwidge Dgson, reverendo e Matemático, sob o pseudônimo de Lewis Carroll, para a menina Alice Pleasance Liddell, com 10 anos na época. No filme, a novata Mia Wasikowska tem 19 anos, uma jovem que desde a infância (primeira vez em que esteve em Wonderland) tem os sonhos povoados com os mesmos personagens. A australiana encarna uma Alice de imaginação fértil e revoltada com as convenções sociais da Inglaterra do século XIX.
Durante uma festa promovida para selar seu noivado com um jovem lorde inglês, Alice abandona uma conversa com sua pretensa futura sogra para seguir um coelho de fraque que se esgueira pela vegetação, mas o perde de vista até o exato momento em que, sob o olhar de todos os presentes, deve confirmar o casório. O coelho então reaparece atrás de uma árvore e lhe mostra o relógio com pressa, é a deixa para Alice sair correndo, cair na toca do coelho e entrar no seu sonho.
O país das maravilhas de Burton não possui o mesmo recato imaginado por Carroll. Ele lançou mão de muitos efeitos especiais para recriar os cenários da fantasia da obra.
No elenco, nomes como sua esposa, Helena Bonhan, a antagonista Rainha Vermelha, e o ator Jonhny Depp, no papel do Chapeleiro Maluco e não podemos deixar de citar a belíssima Anne Hathaway (aquela do “Diabo veste Prada”) como a Rainha Branca.
O filme na verdade é um universo paralelo recriado pela própria Alice para escapar de uma existência conformada e previsível, em uma narrativa de contornos maquineístas com uma heroína que cumpre suas ações na rememoração de um passado sonhado, e volta ao mundo pronta para dizer não a maior das convenções femininas da época. Alice prefere a viagem ao casamento.
Revisão: Larisse Neves
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